Futebol Seniores


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1925/1926: Resultados e classificações

Na primeira competição da época, o Portimonense marca presença pela segunda vez em três das finais da Taça do Algarve realizadas voltando a perder frente ao imbatível Olhanense.

No Campeonato Distrital acabamos a 1.ª Divisão da Zona Barlavento em segundo lugar, logo atrás do Silves numa renhida disputa até à última jornada.

O Portimonense venceu o Troféu Sagres frente ao Silves FC em novembro de 1925.

COMPETIÇÕES OFICIAIS

DISTRITAL ALGARVE
    5º Campeonato Distrital

        Barlavento
        Sotavento
        Final
    4ª Taça do Algarve
        Barlavento
        Sotavento
        Final
    Troféu Sagres

NACIONAIS
    5º Campeonato de Portugal (1 equipa algarvia)

        Eliminatórias
 

  4.ª TAÇA DO ALGARVE

Disputada com um jogo a eliminar, a Taça do Algarve abriu a temporada algarvia. As equipas eram divididas em Barlavento e Sotavento com os vencedores de cada zona a disputarem a final

JOGOS DA ZONA BARLAVENTO
1ª Eliminatória (18/10/1925)
Silves FC 8 - SL Lagos 1
Portimonense 4 - Esp Lagos 0

Final Barlavento (12/11/1925)
O mesmo jogo terá servido para determinar o finalista para a Taça do Algarve e como Final do Troféu Sagres
Portimonense 2 - Silves FC 1

JOGOS DA ZONA SOTAVENTO
...

FINAL
Faro
Olhanense 4 - Portimonense 1

VENCEDOR
Olhanense

TROFÉU SAGRES

VENCEDOR
Portimonense

  5º CAMPEONATO DISTRITAL

BARLAVENTO
EQUIPAS
Esperança Futebol Clube de Lagos
Silves Futebol Clube
Portimonense Sporting Clube
Sport Lisboa Lagos

Jogos (conhecidos)
(29/11/1925) Portimonense 1 - Silves FC 4
(24/01/1926) Silves FC 2 - Portimonense 2
(??/01/1926) Portimonense 5 - Esp. Lagos 1
(21/02/1926) Esp. Lagos 0 - Silves FC 2
Jogos do PSC por apurar
Portimonense ? - SL Lagos ?
Esp. Lagos ? - Portimonense ? (07/03/1926)
SL Lagos ? - Portimonense ?

CLASSIFICAÇÃO
(Pode estar incorreto, ou faltar aqui o empate a duas bolas em Silves)


SOTAVENTO
EQUIPAS
Clube Desportivo Marítimo Olhanense
Ginásio Clube Olhanense
Glória Futebol Clube (VRSA)
Sport Lisboa Faro
Sporting Clube Farense
Sporting Clube Olhanense

Jogos (conhecidos)
Olhanense 10 - Farense 1
Farense 2 - Olhanense 2
SL Faro 0 - Olhanense 0
Olhanense 8 - SL Faro 0 
Glória FC 4 - Olhanense 5
Olhanense 5 - Glória FC 0 
GC Olhanense 1 - Olhanense 4
Olhanense  2 - GC Olhanense 0
Marítimo Olhanense 1 - Olhanense 13
Olhanense  18 - Marítimo Olhanense 0
SL Faro 2 - Marítimo Olhanense 6
Farense 2 - GC Olhanense 3

CLASSIFICAÇÃO

FINAL
Olhão (25/04/1926)
Olhanense 4 - Silves FC 3 
Silves (02/05/1926)
Silves FC 1 - Olhanense 5

VENCEDOR
Olhanense

(Apurado para representar o Algarve no Campeonato de Portugal)

 

  5ª CAMPEONATO DE PORTUGAL

CLUBES APURADOS
CF Belenenses
CS Marítimo
FC Porto
Luso SC
SC Estrela
SC Vianense
SC Vila Real
SGS Os Leões
SC Braga
SC Espinho
SC Olhanense
UF Coimbra Clube

1ª Eliminatória
Belenenses 7–2 Leões Santarém
FC Porto 10–0 Vila Real
Luso Beja 2–0 Estrela Portalegre
Braga 1–0 Vianense
Sp. Espinho 4–3 União de Coimbra

2ª Eliminatória
Belenenses 4–1 Sp. Espinho
FC Porto 3–0 Braga
Olhanense 5–0 Luso Beja

Meias-finais
Belenenses 2–1 Olhanense
Marítimo 7–1 FC Porto

FINAL

 CAMPEÃO DE PORTUGAL
Marítimo


Club Sport Marítimo Campeão de Portugal 1925/1926

(o texto abaixo é da autoria de Giusepe Giorgio em "História dos Campeonatos de Futebol Em Portugal, 1921 a 1934")

Em 1925-26, o campeão da Madeira, o Marítimo, apenas entrava na prova nas meias-finais. Logo aí, causou estupefação ao eliminar o vencedor do ano transato, o FC Porto.

Se essa vitória seria sempre surpreendente, os números dessa vitória mais acentuaram essa característica, o resultado foi uma goleada por 7-1.

Numa final com alguma polémica, pois o jogo não cumpriu os 90 minutos. Após o segundo golo do Marítimo, um jogador do Belenenses foi expulso.

A sua reacção foi não querer abandonar o campo, os restantes jogadores do clube de Belém solidarizando-se também deixaram o campo.

Não havendo outra solução, o árbitro terminou com o jogo aos 70 minutos. O resultado do jogo manteve-se, isto é, o Marítimo venceu o único campeonato de Portugal, em 1925-26, por 2-0.

Nesta altura como era hábito as equipas eram agrupadas consoante a região, defrontando-se consoante as distâncias regionais, assim como os jogos passaram a ser disputados em cidades neutras. No dia 9 de Maio disputava-se os 1/8 de final em duas cidades, no que se chamava de "tardada" de futebol, assim no Campo do Covelo no Porto tínhamos um FC Porto -Vila Real, 10-0 com 8 golos de Hall, o SC Braga-Vianense, 1-0 e finalmente à terceira os bracarenses vencem os rivais minhotos.

Em Lisboa no mesmo dia disputava-se no Campo Grande um Luso Beja-Estrela Portalegre, numa final alentejana com os de Beja a vencerem por 2-0, num jogo entre equipas da zona centro o SC Espinho vence o união Coimbra por 4-3, com os unionistas à frente do marcador por duas vezes (2-1 e 3-2) e o candidato Belenenses (campeão de Lisboa) a golear os Leões (campeões do Ribatejo) por 7-2.

Uma semana depois mantinham-se as concentrações futebolísticas nas duas cidades; em Lisboa no Campo Grande joga-se o Belenenses-Espinho, 4-1 e o Olhanense entra em prova (isento), jogando contra o Luso pela defesa da zona Sul e mesmo a reconquista do Campeonato, vencendo por 5-0. No Porto o único jogo disputa-se entre FC Porto e SC Braga com os portistas a vencerem por 3-0.

As meias-finais jogam-se uma semana depois nas duas cidades, mas sem fator casa; em Lisboa um FC Porto-Marítimo, os portistas marcam primeiro e espera-se um jogo fácil, mas os madeirenses deram a volta e golearam por 7-1.

No Porto, o Belenenses teve alguma dificuldade para levar de vencido os algarvios do Olhanense (2- 1).

O Marítimo surpreendeu e humilhou o FC Porto na meia-final no Campo Grande, em Lisboa.

Ninguém esperava tal desfecho em face do que a equipa vinha a produzir sob o comando de Akos Teszler. O treinador húngaro, considerado um mágico do futebol, não conseguiu que a turma azul e branca se opusesse a uma estupenda e bem organizada equipa madeirense orientada pelo seu compatriota Ekker.

Desiludidos, houve portistas que rasgaram cartões e exigiram reparo. Foi um grande abalo. A crónica do “Ecos dos Sports” rezava assim: “Esta é a verdade: Siska não foi batido só pelo ataque do Marítimo, mas, sobretudo, pela sua própria defesa. Siska foi no grupo do Porto o único que jogou. Ele teve, na realidade, um trabalho extenuante, porque os avançados da Madeira atiraram ao “goal” quase quando e como quiseram. Assim desajudado qualquer guarda-redes sucumbiria. A arbitragem de Ilídio Nogueira foi, quanto a nós, muito acertada, não se perturbando ante as ruidosas manifestações do público de Lisboa que, a todo o transe, queria fouls contra o Porto”.

O Marítimo acabaria por ganhar o Campeonato de Portugal (2-0 ao Belenenses), numa final em que, aos 70 m, o árbitro deu por suspenso o jogo em virtude do jogador belenense Augusto Silva, expulso, se recusar a abandonar o campo

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